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Depressão felina. Será?

5 abr

"mamaim axa ki eu xô artixta"

Faz dois dias que trouxe o Chaplin para o nosso ap e o bicho vive deprimido e solitário pelos cantos. Aquele gatinho alegre, tagarela e brincalhão está completamente irreconhecível. Assustado, sem curiosidade de explorar a casa nova e completamente amedrontado, só quer saber de ficar escondido ora atrás da geladeira ora em cima dos armários da cozinha. Além disso, faz greve de fome. Só quis saber daqueles biscoitinhos de compensação. Hoje, com muito custo, comeu seu mamãozinho pela manhã. Se continuar assim, vou ter que levá-lo ao vet.

Na primeira noite, o gatinho miou o tempo in-tei-ro. Na segunda, deu um desconto. Mas nos acordou várias vezes com aquele miado super assustado e estridente. Já tentei brincar com ele no arranhador, já dei colinho, já dei aquela escovada gostosa que ele a-do-ra. E o Chaplin continua deprê. Como pode um animal sentir tanto a falta de alguém? Só pode ser isso. Ele sempre foi muito apegado ao meu pai, com quem passava todos os dias brincando pra lá e pra cá num quintalzão imenso, cheio de plantas e “calangos” pra ele caçar. E ainda tem gente que tem a coragem de dizer que o gato não é amigo do homem… Papai também está sentido. Já me ligou quinhentas vezes querendo saber notícias do pequeno “Charles”. Na última, até, quis negociar um esquema de revezamento para o pobre gato. Uma semana lá, no quintalzão, outra aqui, no ap. Será essa a solução?

"maix ki xuninhu goixtoju"

Eu também não posso querer que o bicho se adapte a uma nova casa em apenas dois dias, eu sei disso. Mas pensei que ele ficaria feliz perto de mim e, no entanto, estou percebendo que o Chaplin nunca esteve tão infeliz em 1 ano e 8 meses de vida. Me dá uma peninha dele… Mas também, por outro lado, acredito que com a chegada da Fifi – a sua irmã – ele ficará mais contente. Pelo menos terá uma companhia felina para explorar seu novo território. Ela ainda não veio porque é, digamos, bem mais arisca do que o Chaplin. Da próxima semana não passa.

O pior é que ele continua com a síndrome de “gato-despertador”. E eu não aguento mais acordar às 5h da manhã com o som dos miados desesperados do Chaplin. Não sei mais o que fazer. Alguém pode me dar uma dica? É um pedido de socorro.. rs

"a caminha da mamaim eh maix goxtoja ki a minha"

Beijim!